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sábado, 23 de maio de 2009

A vitória do clube: eu odeio Manela

Já disse a minha opinião aqui sobre o jornalismo fantástico de Manuela Moura Guedes. Tentei sobretudo ter um estilo mordaz e irónico porque não é de mim fazer peixeiradas. Mas houve alguém neste país que finalmente fez aquilo que devia ser feito e respondeu, no tom necessário e único que a senhora conhece. Foi lindo de se ver e lindo de se ouvir. mas não quero deixar de dar um recado ao doutor Marinho Pinto: Senhor Doutor, ir a casa de alguém, ser convidado de honra e tratar mal o anfitrião não é boa educação... Pior que isso! É como roubar o cordeiro ao lobo dentro da toca dele. Muito cuidado. E outra coisa! Isso de calar a senhora jornalista porque berra mais alto que ela, também eu. Basta ter uma voz forte e ar ameaçador, olha que dificil! Queria era vê-lo a calá-la ao mesmo tempo que lhe sorria e dizia com boas maneiras que a senhora não sabe o que é um código deontológico. Queria vê-lo a embatucá-la enquanto lhe afirmava que nem jornalismo sabe fazer. Agora gritar! Isso também eu!
Mas Parabéns, senhor Doutor. Parabéns.


P.S. esta noite Sócrates e Marinho Pinto vão fazer festa de pijama e celebrar a primeira vitória do clube "Eu odeio Manela". Manela responde com vodu. Caso para dizer: Porreiro pá!

domingo, 10 de maio de 2009

Tá e não está!

Já falei uma vez do meu programa favorito da SIC: o está a gravar… perdão tá a gravar (repare-se que tá em vez da palavra está demonstra, desde logo, toda a qualidade televisiva que aí vem). Sem dúvida que sou a primeira fã de tal qualidade, das deixas mordazes e inteligentes, da mistura de vídeos caseiros em que crianças caem no chão, no rio ou na neve, com verdadeiras desgraças em que ciclistas se matam em montanhas, inundações matam pessoas em carros e tantas mais. Basicamente é uma espécie de youtube para quem não tem Net, com a complementaridade dos comentários absolutamente inteligentes de uma miúda que apresentava programas para crianças e que nunca abandonou esse formato e de um homem que se sagrou a fazer passadeiras vermelhas do big brother (Telmo, Telmo o que sente agora que deixou a sua Célia lá dentro?).
Até entendo as audiências de tal programa. Anda tudo chateado com a crise, em pânico com a gripe suína que, segundo a tvi ,vai matar dois milhões e meio de pessoas… O que se quer mesmo é rir com estupidezes e palhaçadas. Óptimo! Mas porque não o fazer com um pouquinho mais de classe? Porquê alienar a população portuguesa com tanta porcaria, sem ponta por onde se lhe pegue? E porquê tanto tempo de programa? Uns trinta minutos não seriam suficientes?
Nada! Nada de jeito, nenhuma inteligência, nenhum sentido de oportunidade. Reduz-se apenas a audiências que se traduzam em dinheiro. Já cansa. Por favor! Não martirizem mais com tanta idiotice. Façam jus ao dinheiro que recebem.

Alguém me conta o que é feito do conta-me?


Tinha a rtp1 como um canal televisivo imune à guerra de audiências, mais importado em dar aos seus telespectadores aquilo para que é pago: verdadeiro serviço público. Mas vai-se a ver e são asneiras atrás de asneiras. A mais grave sem dúvida foi a retirada da série conta-me como foi do ar, para só a voltarem a passar no verão. Não se entende porque é que tendo tantas hipóteses para passar um programa denominado “febre da dança” o tinham de colocar no horário de uma das melhores séries de sempre. Será por acaso para contrabalançar o programa da tvi “Uma canção para ti”? É que se neste último falamos de um formato em que crianças cantam durante toda a noite, no novo programa da rtp1 são jovens até aos 16 anos que dançam. A diferença é tanta que mal a encontro.
É este de facto o serviço público. Se podemos apresentar uma alternativa a um programazinho da tvi, com uma série fantástica, descartamos essa ideia e pomos no ar um programa nos mesmos moldes. E viva a diversidade!

Socrates vs TVI! Chamem o exército pois estamos em guerra


Aqui estou eu depois de uma longa ausência… que no fundo é compreensível. Ninguém aguenta muito tempo seguido em frente à Tv.… bem, pelo menos ninguém com uma sanidade mental saudável. Enfim, afastei-me dos ecrãs da televisão… mas dado as últimas atrocidades não consigo resistir e dar a minha parca opinião.
A guerra entre a tvi e o Sócrates, em ano de eleições é ridícula. Ridícula com todas as letras e em todos os sentidos que a palavra possa ter. Ridícula. E atesta a minha opinião de que a comunicação social devia ver as suas intervenções limitadas.
Por favor não venham cá com o escudo, com a arma mortífera que tudo justifica da liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Porque já chega de dar essas desculpas para todos os alarmismos, para todas as estupidezes. São as televisões as primeiras a esquecerem-se do vinte e cinco de Abril, a tvi neste feriado nem passou nada alusivo à data a não ser uns quantos filmes a anunciar feriado. Mas quando se trata de justificar todas as idiotices com que presenteiam a população, lançam como um raio a liberdade de expressão, ganha arduamente com o vinte e cinco de Abril. Não há paciência.
Repare-se que não tenho inclinação política ou, pelo menos, nenhuma inclinação que possa justificar esta minha pretensa defesa do nosso primeiro (ministro, entenda-se). O que acho é que esta palhaçada das sextas-feiras na tvi, com uma Manuela Moura Guedes a dar de dois minutos em dois minutos a sua fundada e letrada opinião, com palavras banais e corriqueiras acerca do país e do mundo, tentando chegar a todos os extractos da população, não se entende. Pensará ela que todo o povo português tem apenas a instrução primária e não percebe outras palavras que não “bronca”? E depois, sejamos francos, que raio de ideia é essa de todas as semanas passarem uma notícia que tenta de tudo por tudo descredibilizar o nosso primeiro-ministro? Não é que ele deva ser imune a tal, mas passar os primeiros vinte e cinco minutos do telejornal com notícia atrás de notícia sobre o pobre do homem, uma atrás da outra não se aguenta. Chegaram ao ponto de ir buscar o registo das partilhas da mãe!
Numa primeira etapa lançam um CD em que alguém afirma categoricamente que Sócrates recebeu subornos, CD sem imagem. Na semana seguinte passam o mesmo CD mas com imagens distorcidas. Como a dúvida se mantém, na semana seguinte passam imagens nítidas do mesmo CD. Afinal, será que não tinham as imagens logo na primeira semana? Para quê isso?
Estamos num país sem eira nem beira é certo. Mas gostando-se ou não, nenhuma outra pessoa apareceu com melhor qualidade para substituir o Sócrates. Basta olhar para a oposição… Sinceramente, pondo de lado qualquer preferência partidária quem de entre aquela gente pode conduzir este país? Ninguém. E por isso é que as sondagens lhe dão a vitória e se fala num bloco central.
Ora não é atacando-o de forma mesquinha e patética que se ajuda ou se muda as coisas. Porque se aqueles jornalistas são tão bons a dar opiniões, se Manuela Moura Guedes é tão letrada que tem opinião sobre tudo e de tudo, porque não vai mais além e indica soluções válidas, verdadeiramente válidas para ajudar? Não seria bem mais útil que nos presentear com as partilhas do nosso primeiro?
Jornalismo não é isso, não devia ser isso. Jornalismo não é atacar por atacar, não é lançar o pânico e o medo… Isso é sensacionalismo. E é ridículo. Mas de que me espanto eu? Estamos a falar da tvi Santo Deus! Bem-vindos ao inferno!
Qual será a próxima noticia? Talvez que Sócrates comprou cuecas amarelas para oferecer a um namorado? Oh desculpem, que cabeça a minha, já falaram sobre isso.