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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Casamento entre homossexuais - parte V Ultimo post sobre o assunto

Prometo antes de mais que talvez este seja o último post sobre o tema casamento entre homossexuais. Desde logo porque nenhum tema mereceu tanta atenção neste blogue e, porque muito sinceramente, começa a enjoar. Deixo portanto, umas sábias palavras que li no Diário de Coimbra, escritas por Renato Macedo de Ávila, na rubrica “Fala o Leitor” do dia 12 de Janeiro de 2010:
“(…) O que se põe em causa, se deplora, é o abuso de um direito consuetudinária, ontológica, fisiológica e psicologicamente fundamentado, o direito que é próximo e exclusivo dos casais heterossexuais – o do casamento.
O que se passa numa união entre homossexuais será jamais um casamento no sentido lógico e restrito do termo mas uma união de personalidades psicologicamente incomplementares e em cujo horizonte não está a procriação nem a sedimentação familiar tal como sempre foi entendida e estruturada.
(…) Por mais voltas que dêem à lei e aos textos, um par de pessoas do mesmo sexo nunca será um casal e o acto civil que juridicamente vier confirmar como casamento essa união jamais o será mas uma excrecência, o seu completo abastardamento.
Por que diabo, por que teimosia, por que capricho, por que obcecação terá de ser forçosamente casamento e não outro instituto mais apropriado à situação?”

Acrescento eu, só por disparate, e porque nunca terei capacidade de dizer palavras tão caras:
Se o princípio da igualdade é para ser levado tão à letra porque não legalizar a heroína e transformar a prostituição num verdadeiro emprego? Não são os traficantes e as prostitutas pessoas IGUAIS às outras? Porque não lhes dar subsidio de desemprego e baixa quando estão doentes?
Sei que vão dizer que todos os meus comentários e comparações relativamente a este assunto são absurdos e com pouca credibilidade. Acontece que o assunto só merece isso mesmo. Comentários e comparações ridículas. Porque um capricho de crianças, uma birra infantil como a que temos assistido por parte de pessoas que salvo erro têm algum problema psicológico e demonstram a sua incompletude -creio que doença será politicamente incorrecto – não merece mais que isto mesmo. Rir até à exaustão e tentar ignorar, enquanto se destroem bases de família.
Até porque num país com uma taxa de natalidade tão elevada, o que precisamos é de casamentos entre pessoas que nunca poderão ter filhos. O mais próximo que alguns terão de dar à luz é o relaxamento do esfíncter.

Está prometido. Foi o último post sobre este assunto de circo. Enjoei com o cheiro.

3 comentários:

  1. Parafraseando Ricardo Araujo Pereira - para reflectir e esquecer este assunto que já tem muito espaço neste blog (supostamente sobre televisão:):

    "Confesso que não sei se as pessoas nascem com essa característica ou se optam por adoptar o comportamento desviante que a Bíblia, aliás, condena - mas, na minha opinião, os canhotos não deveriam poder casar. Nem adoptar crianças. Um casal de pessoas, digamos, normais, acaricia a cabeça dos filhos como deve ser, da esquerda para a direita. Os canhotos acariciam da direita para a esquerda, o que pode ter efeitos perversos na estrutura emocional das crianças. Na verdade, sou contra a adopção por casais heterossexuais em geral, sejam ou não canhotos. Atenção: não tenho nada contra os heterossexuais. Tenho muitos amigos heterossexuais e eu próprio sou um. Mas não concordo que possam adoptar crianças. Em primeiro lugar, porque é contranatura. Quando olhamos para a natureza, não vemos casais de pardais ou de coelhos a adoptarem crias de outros. Pelo contrário, esforçam-se por colocar as suas crias fora do ninho ou da toca o mais rapidamente possível. Ou usam as suas próprias crias para produzir novas crias. Mas não adoptam. Provavelmente, porque sabem que é contranatura. Por outro lado, a adopção por casais heterossexuais pode condicionar a sexualidade das crianças. Todos os homossexuais que conheço são filhos de casais heterossexuais. A influência de heterossexuais tem, por isso, aspectos nefastos que merecem estudo cuidadoso. Por fim, há a questão do estigma social. Suponhamos que uma criança adoptada por um casal heterossexual é convidada para ir a casa de um colega adoptado por um casal de homens. Como é que o miúdo que foi adoptado por heterossexuais se vai sentir quando perceber que a casa do colega está muito mais bem decorada do que a dele?

    Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mais do que ser a favor de um referendo, sou a favor de vários. Creio que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser referendado caso a caso. O Fernando e o Mário querem casar? Pois promova-se uma grande discussão nacional sobre o assunto. A RTP que produza um Prós e Contras com cidadãos de vários quadrantes que se posicionem contra e a favor da união do Fernando e do Mário. Organizem-se debates entre o Mário e os antigos namorados do Fernando, para que o povo português possa ter a certeza de que o Fernando está a fazer a escolha certa. E depois, então sim, que Portugal vá às urnas decidir democraticamente se concede ao Mário a mão do Fernando em casamento. E assim para todos os matrimónios. Se o objectivo é metermo-nos na vida dos outros, façamo-lo com o brio que essa nobre tarefa merece.

    Defendo, portanto, uma abordagem especialmente cautelosa desta questão. Sou muito sensível ao argumento segundo o qual, se permitirmos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teremos de legalizar também as uniões dos polígamos. E sou sensível porque, como é evidente, não posso negar que me vou apercebendo da grande movimentação social de reivindicação do direito dos polígamos ao casamento. Parece que já temos entre nós vários muçulmanos, grandes apreciadores da poligamia. E eu não tenho homossexuais na família, nem entre os meus amigos, mas polígamos, muçulmanos ou não, conheço umas boas dezenas. Se toda esta massa poligâmica desata a querer casar, receio que os notários fiquem com as falangetas em carne viva, de tanto redigirem contratos de união civil. Mas, felizmente, confio que os polígamos sejam, também eles, sensíveis à mais elementar lógica: a poligamia é uma relação entre uma pessoa e várias outras de sexo diferente. A reivindicarem a legalização das suas uniões, fá-lo-iam a propósito do casamento entre pessoas de sexo diferente, com o qual têm mais afinidades. A menos que se trate de poligamia entre pessoas do mesmo sexo. Mas, segundo o Presidente do Irão, parece que entre os muçulmanos não há disso."

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  2. Porque não posso competir com o grande RAP e prometi não deixar mais nenhum post sobre o assunto neste blogue sobre tv (a minha cara amiga não percebe o nexo de causalidade intrinseco entre este tema e o facto de não se falar noutra coisa na televisão) deixo ficar um comentário em resposta ao comentário da Ritinha(só porque estou chateada acho que devo chatear-te também com este nome):
    1 - Primeiro, e é com muito pesar que o digo, o grande RAP está errado quando diz que os animais não adoptam. A natureza mostra muitas vezes casos de animais que alimentam crias de outros. e entre nós temos casos fantásticos e celebres. Basta pensar no Tarzan (E eu acho que e minha mãe tem lá um casal de frangos - um frango e uma franga diga-se - que adoptaram uma pomba. Mas não posso jurar.

    2 - Por mim, os canhotos também não casam, nem os gordos, ou os baixos ou os carecas. Não ficam bem nos vestidos, nem nas fotos de casamento (a diferença é que estas pessoas sempre se casaram ao longo do tempo, porque respeitam os requisitos impostos para este contrato).

    3 - Por último, não considero que o referendo seja uma forma de nos metermos na vida dos outros.Porque esta mudança não diz respeito só a um grupo de pessoas - que continuo a apostar incompletas - mas a todos nós. O que acho é que o governo tem inteligência suficiente para perceber quando o referendo será ou não favorável às suas pretensões. E desta vez, sabia perfeitamente que a lei não passaria.

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  3. E viva os noivos... Ai que ele está com um vestido de noivo tão giro... lol

    "Eu vos declaro marido e mulher... perdão... marido e marido?... ou será marido e marida?... tou baralhado... lol

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