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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Palhaçada


Têm sido dias de circo lá para os lados da nossa governação. Pena que eles sejam os palhaços ricos e nós os palhaços pobres!


Estou estarrecida com o nível cultural dos nossos máximos representantes. Confesso que neste momento sinto um enorme alívio por haver essas reuniõesinhas onde os nossos maiores, eleitos pelo povinho que somos nós, se aglomeram em amenas cavaqueiras e discutem questões pertinentes, com um ar entediado ao mesmo tempo que insultam mutuante, com um nível de formação superior.


Episódio: Guerra Aberta, sem murros, nem encontrões, nem mesmo umas arranhadelas entre Maria José Nogueira Pinto e um deputado qualquer (que não sei o nome nem me apetece ir pesquisar mas que era feio e falava mal), numa ligeira e entediante troca de palavras.


E que coisa! Isso não é representar o povo. O que me revolta, confesso, não é a discussão, a perda de tempo daqueles senhores (que nós pagamos) a dizerem “Vossa Exa. é um palhaço”, enquanto o outro diz, “não! Vossa Exa., é que apesar de ser tanto tempo deputada não serve para isto!” Ao qual ela responde “Vossa Exa. é um inimputável”. Não é isso que me chateia. Na verdade o que não concordo é com os insultos desferidos. Porque não são eles representantes do povo? Então o povo não se insulta assim!


Se não vejamos. O Zé da esquina, quando descobre que o Manel da Laura andou enrolado com a sua mulher, chega à tasca do ti António e sentadinho diz-lhe “Oh Vossa Exa., você é um palhaço que não serve para a sua vida de ferreiro e que teve relações de cariz íntimo com a minha mulher.” Não! O que ele faz é chegar, dar dois bofardos na cabeça do outro e desferir uma série de palavrões que vão desde oh seu “c……”! Então oh filho de uma p…! Mas tu andas a f…. a minha mulher?”
Isto sim são insultos graves. Isto sim merece a atenção da comunicação social. Agora palhaço, inimputável? Onde está o verdadeiro povo ali representado? A maior parte dos portugueses nem saberá o que significa inimputável!
E depois a classe das respostas acerca do palhaço dá toda uma tese, misturando o natal e o bom humor.
Que tédio! Que ridículo! Que desperdício de tempo! Que bom uso faz aquela gent(inha) do dinheiro que somos obrigados a dar-lhe.
Que grande palhaçada. E que insulto aos profissionais do circo.

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